segunda-feira, 2 de abril de 2012

Resultado do Exame: Negativo

Bem, como vocês acabaram de ler, a boa noticia é essa: o exame da mila deu negativo.
Após quase um mês e meio de tratamento, fizemos um novo exame para apresentar ao juiz.
Deixe-nos explicar melhor: O juiz ao nos dar a guarda da mila, solicitou que entregassemos um atestado, indicando qual era o tratamento, qual era o estado atual dela e qual a possibilidade de cura.
Contudo, o veterinário que está tratando dela, com medo de perder seu registro no conselho regional de medicina veterinária, já que o mesmo PROIBE o tratamento, não nos deu esse atestado, o que nos prejudicou muito no processo contra a prefeitura.
Só que mesmo não dando o atestado, ele fez esse exame, e com o resultado negativo dele, nos deu um atestado de que ela não apresenta sintomas clinicos de leishmaniose.
Juntando os dois: exame sorologico negativo e nenhum sintoma clinico, podemos dizer que a mila oficialmente não tem leishmaniose, segundo o manual de vigilancia e controle de leishmaniose visceral canina. (extrato da pagina 50 do manual, que pode ser encontrado em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_leish_visceral2006.pdf):

5.3 Vigilância no cão
5.3.1 Definição de caso
Caso Canino Suspeito
Todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas compatíveis com a doença (febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea e úlceras na pele, em geral no focinho, orelhas e extremidades, conjuntivite, paresia do trem posterior, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas).

Caso Canino Confirmado
Critério laboratorial: cão com manifestações clínicas compatíveis com leishmaniose visceral e que apresente teste sorológico reagente e/ou exame parasitológico positivo.
Critério clínico epidemiológico: todo cão proveniente de áreas endêmicas ou
onde esteja ocorrendo surto e que apresente quadro clínico compatível de leishmaniose visceral canina (LVC) sem a confi rmação do diagnóstico laboratorial.
Cão Infectado
Todo cão assintomático com sorologia reagente e/ou parasitológico positivo em município com transmissão confirmada, ou procedente de área endêmica.

Com essas afirmações pretendemos convencer o juiz que o sacrificio (leia-se assasinato)  da mila não é necessário.

Abaixo imagem do exame (clique para aumentar)
Bem, essa é a boa noticia de hoje. Além disso, estaremos iniciando uma série de posts com informações sobre a leishmaniose que conseguimos durante esses meses de pesquisa.

domingo, 11 de março de 2012

Decisão Judicial - Parte 2

Olá, bom dia a todos.
Desculpe-nos a demora em postar novamente, mas tivemos ótimos motivos, e temos ótimas noticias.
Vamos primeiro aos motivos: Como vocês leram no post "Decisão Judicial - Parte 1", o excellentissimo juiz havia decidido que a mila não deveria ser sacrificada até que ele decidisse por definitivo qual o destino dela, mas que ela deveria ser recolhida à "local adequado" para evitar a disseminação da doença.
Mesmo sendo uma ótima noticia, a mila não seria sacrificada pelo menos por enquanto, se ela fosse recolhida, o tratamento seria interrompido, por tempo indeterminado, o que poderia fazer com que os sintomas aparecessem, ou pior ainda, que os protozoarios sobreviventes ficassem resistentes a medicação utilizada.
Para evitar esse problema, meu advogado entrou com outra petição, para solicitar ao juiz que a cachorra não fosse recolhida, mas me orientou a não "fazer barulho", não "causar alarde". Essa "atenção" toda que o caso poderia estar chamando, poderia ser positivo ou negativo, dependendo da visão do excelentissimo juiz, então resolvemos não arriscar, por isso cessamos as postagens no blog.
Agora vem a otima noticia. Ontem entramos no site do tribunal de justiça de são paulo para olhar o andamento do processo, coisa que fazemos todo dia, e havia saido a decisão:
"Os documentos de fls. 56/61 demonstram que a cadela está sendo submetida ao tratamento da doença, com uso de coleira repelente contra mosquito palha, conforme atestou o médico veterinário às fls. 56. Deste modo, deverá o animal ser mantida sob a guarda do autor, exclusivamente, recluso na residência do requerente, sem contado com outros animais ou pessoas, sendo este, por ora, o local adequado para a continuidade do tratamento."
Resumindo e traduzindo: A mila fica com a gente, pelo menos por enquanto.
Vamos comemorar gente!

Famila feliz e unida, com respaldo da justiça.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Informação 7.



Estes exames devem ser realizados a cada 3 ou 4 meses, OBRIGATORIAMENTE, senão o animal deixa de morrer por causa da leishmania, mas pode morrer por causa dos medicamentos. As lesões renais e hepáticas, quando instaladas, são praticamente irreversíveis e o animal tende a morrer com visível evolução na perda de peso.


Retirado da apostila: Informações Gerais Sobre Leishimaniose Visceral Canina do Prof.M.Sc. André Luis Soares da Fonseca - CRMV/MS 1404 - OAB/MS 9131 - e-mail: andre.fonseca@ufms.br

Informação 6.

A causa da morte na leishmaniose, seja canina, seja humana, é a lesão renal e/ou do fígado que podem se tornar irreversíveis; por isso, entendemos que deva ser PERIÓDICA E OBRIGATÓRIA a exigência dos seguintes exames de sangue:
Creatinina, Uréia, ALT (o Fosfatase Alcalina), Hemograma e Proteinograma (Eletroforese de Proteínas). Sendo, possível, sugerimos, ainda, a realização de sorologia “IgM para Erlichiose”, pois cerca de 40 a 80% dos cães com leishmania também desenvolvem a doença do carrapato.








Retirado da apostila: Informações Gerais Sobre Leishimaniose Visceral Canina do Prof.M.Sc. André Luis Soares da Fonseca - CRMV/MS 1404 - OAB/MS 9131 - e-mail: andre.fonseca@ufms.br

LVC Informações 4 e 5

O tratamento da LVC exige acompanhamento por médico veterinário, pois os remédios usados podem causar problemas sérios e até matar o animal (iatrogenia = doença causada pelo uso de medicamento).

Como esta leishimaniose é VISCERAL, não é preciso que o cão apresente lesóes externas.





Retirado da apostila: Informações Gerais Sobre Leishimaniose Visceral Canina do Prof.M.Sc. André Luis Soares da Fonseca - CRMV/MS 1404 - OAB/MS 9131 - e-mail: andre.fonseca@ufms.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Decisão Judicial - Parte 1

Boa Noite a todos e desculpem pela demora em postar novamente.
Bem, não sei se havia contado a vocês, mas entrei na justiça para conseguir um mandato, um ordem judicial, um papel, qualquer coisa que possa garantir que a Mila não seja assasinada.
Pois e, hoje tivemos a primeira resposta da justiça.
Temos noticias boas e noticias ruins.
A noticia boa é que o juiz determinou que até que ele decida sobre o futuro da Mila, ela não deve ser sacrificada: "Isto posto, acolho o pedido e determino que o Municipio de Tupã se abstenha de sacrificar a cadela do autor, sob as penas da lei, até ulterior determinação"
A má noticia é que, segundo o juiz, "devendo, entretanto, recolher o animal em lugar adequado para evitar a disseminação da doença".
Bem... agora o advogado tentará convencer o juiz que o lugar adequado para a Mila é o lar dela, e que interromper o tratamento é a pior coisa pra ela.
Bem, rezem para que Deus ilumine as decisões desse juiz.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

O tratamento - Continuação 2

Boa Tarde gente, tenho noticias fresquinhas.
Hoje de manha fomos ao veterinário.
Ele nos explicou os resultados dos exames, que são muito animadores. Como havia adiantado para vocês, o figado e os rins dela estão otimos.
As unicas alterações nos exames são as plaquetas baixas, por causa da doença do carrapato, a propria doença do carrapato em si, e um tipo de proteina aumentado, que segundo o doutor é por causa da leishmaniose, mas nada preocupante.
Voltamos de lá com uma sacolada de remedio (e uma BELA conta). Vou listar os remedios que o doutor deu, mas saliento que ninguem deve tratar leishmaniose sem o acompanhamento de um médico veterinário:
Doxitec (Doxiciclina) - Para a doença do carrapato.
Front-Line Pour-On (Fipronil) - Para as pulgas
Drontal Plus (Praziquantel,Pamoato de Pirantel e Febantel) - Para os vermes
Nutralogic (Complexo Vitaminico) - Para fortalece-la para lutar contra a leishmaniose
Eritrós Tabs (Ácido Folico, Ferro quelado e Vitaminas B6 e B12) - Para prevenir anemia.
Alcort (Prednisolona) - Para Leishmaniose
Alopurinol (Alopurinol) - Para Leishmaniose.

Os remédios que a mila está tomando.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tratamento - Continuação.

Desculpem a demora em postar novamente, mas a vida anda meio corrida.
Desculpem tambem interromper a serie de posts sobre a reação das pessoas à noticia de que a mila tem leishmaniose, mas há fatos mais importantes que vocês precisa saber.
Sabado passado, dia 04/02/2012, levamos a mila à uma clinica em Osvaldo Cruz. Lá fomos muito bem recebidos e a doutora Ana que nos atendeu mostrou muito boa vontade em nos ajudar a salva-la.
Após o exame clinico inicial, que não demonstrou nenhum sintoma aparente, foi colhido sangue da mila para verificar se as condições dela são propicias ao tratamento que será feito em uma clinica especializada em Andradina e acompanhada pela doutora.
Ontem, dia 07/02/2012, recebi a ligação da doutora, que me deu ótimas noticias: Tanto o rim, quanto o figado dela estavam em perfeito estado e não foram afetados até agora pela leishmaniose. A unica irregularidade nos exames foi a presença da oportunista doença do carrapato.
Ela nos orientou a aumentar a dose dos medicamentos que já estavamos dando para a mila, e voltar lá sabado dia 18/02 para novos exames.
Torçam todos para que a doença do carrapato regrida para que possamos inciar o tratamento da mila.
Atualização, dia 10/02/2012
Gente otimas noticias: ontem dia nove, o veterinário mais experiente da clinica de osvaldo cruz deu uma olhada nos exames da mila e e ligou. Ele disse as mesmas coisas da doutora Ana, só que pediu para que levassemos ela para lá já amanha, para que ele começe a dar os primeiros remedios contra a leishmaniose.
Me ajudem, divulgem o blog que meus donos fizeram para mim.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Reação das Pessoas - Os veterinários.

Quando recebemos a noticia de que a Mila estava com leishmaniose, inicialmente não nos preocupamos com a reação das pessoas. Pensavamos apenas em salva-la e trata-la.
Mas, chega uma hora que temos que encarar as pessoas, inicialmente e principalmente os veterinários.
Nos dois primeiros dias após o telefonema bomba, não falamos nada com ninguem. Nem com os nossos pais, nem com os veterinários, muito menos com os vizinhos.
Mas passado esse primeiro momento de choque, fui falar com um dos veterinários. Quando cheguei na loja de rações que ele atende, a expressão dele ao me ver foi de pena. Ele vinha acompanhando a Mila desde que ela tinha cerca de 6 meses.
Eu quase nem deixei ele falar. Despejei com palavras rapidas e vacilantes tudo o que havia aprendido aqui pela internet. Fiz ele copiar todos os documentos enviados pelo doutor André.
Não sei se ele realmente acreditou que poderia tratar a Mila, ou se apenas por pena, me disse que analisaria os documentos e depois me diria se trataria ou não a Mila.
Nesse mesmo dia, após as 18:00 fui a clinica veterinaria na qual foi feito o fatidico exame.
O veterinario deu várias voltas e se mostrou bem constrangido ao me dar a noticia. Ele nos atendia a pouco tempo, mas já havia visto o quanto gostavamos dela.
Ao dar a noticia, ele se mostrou ciente da existencia do tratamento, do doutor André, mas disse que na cidade de Tupã seria impossivel tratar-la, disse que a prefeitura batia em cima e não permitia nenhum tratamento e que uma clinica que havia tentado tratar um cachorro com leishmaniose já havia sofrido retaliações, mas não quis me dizer o que havia acontecido.
Quando disse a ele que não sacrificaria minha Mila, ele me avisou de que a prefeitura iria até a minha casa e seria dura, possivelmente haveria policia na história.
Após dois dias o primeiro veterinário que consultei tambem se negou a trata-la. Disse que como a cidade é uma zona de transmissão a anvisa só dá uma saida: sacrificar.
Bem, essa foi a reaçao dos veterinários aqui de tupã: se negar a trata-la e se esquivar se escondendo atras da Anvisa.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

LVC Informação 3

As drogas utilizadas para animais são as mesmas utilizadas em humanos, pois tais drogas agem matando o parasita.NÃO EXISTE E NUNCA IRÁ EXISTIR DROGAS QUE TRATAM SOMENTE A DOENÇA NO CÃO OU SOMENTE NO HOMEM. Recentemente uma portaria dos ministérios da Saúde (MS) e Agricultura (MAPA) vem tentando proibir o tratamento, mas a proibição se restringe a drogas de uso e fabricação para seres humanos. Entendemos que o tratamento não está proibido, pois portaria não é ato capaz de proibir o tratamento, que só poderia ser proibido mediante LEI.





Retirado da apostila: Informações Gerais Sobre Leishimaniose Visceral Canina do Prof.M.Sc. André Luis Soares da Fonseca - CRMV/MS 1404 - OAB/MS 9131 - e-mail: andre.fonseca@ufms.br

sábado, 28 de janeiro de 2012

Tratamento - o começo.

Quando soubemos da suspeita de leishmaniose, tratamos de começar a pesquisar na internet se havia alguma cura, algum tratamento ou algo do tipo.
Logo de cara, encontramos uma pagina escrita pelo doutor André Fonseca. Nessa pagina ele dá algumas informações sobre a doença, sobre o tratamento e mostra algumas fotos de cães antes de depois do tratamento.
Após ler toda a página, entrei de imediato em contato com o doutor, mas fiz isso de um email que eu descobri depois que estava bloqueado para recebimentos externos. Coitado do doutor, deve ter respondido e ficado no vácuo.
Após a chegada do resultado do exame entrei novamente em contato com o doutor, dessa vez de um email normal, e ele respondeu, com 4 apostilas com informações gerais (algumas delas que estamos postando aqui) para que nos encaminhassemos para nosso veterinário, para convençe-lo a tratar da Mila, pois apenas com o acompanhamento de um veterinário é possivel tratar um animal com leishmaniose.
Infelizmente o terror que a prefeitura, junto com o ministério da saude, tocaram na cidade, os veterinarios estão todos temerosos de tratarem a nossa cachorra.
Estamos agora em busca de um veterinário que se disponha a seguir as orientações do doutor André Fonseca para trata-la.


Mila, preparada para visitar as avós.


LVC Informação 2

Existem diversas drogas para o tratamento da LVC. As drogas mais eficazes são também as mais tóxicas, podendo até matar o animal/ser humano (anfotericina B (Fungisone), antimonias (Glucantime etc)). Nós particularmente utilizamos drogas menos eficazes, mas que também trazem efeitos colaterais menos prejudiciais.



Retirado da apostila: Informações Gerais Sobre Leishimaniose Visceral Canina do Prof.M.Sc. André Luis Soares da Fonseca - CRMV/MS 1404 - OAB/MS 9131 - e-mail: andre.fonseca@ufms.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CHEGA DE ASSASSINAR CÃES SUSPEITOS DE LEISHMANIOSE

The Petition

Nós, abaixo assinados, exigimos que o decreto do senado federal nº 51.838, de 14 de março de 1963, que determina a eutanásia de cães com suspeita de leishmaniose viceral canina, e que tem mostrado absurda, seja revogada.

Não queremos que os cães suspeitos de estarem contaminados com Leishmaniose continuem a ser assassinados injustamente em nosso Pais.

São bastante os motivos que se seguem:

1° Os cães não são os responsáveis pela disseminação da doença, e sim os mosquitos transmissores (mosquito-palha).

2° O exame de sangue que é feito para avaliar se um cão está doente já se mostrou ultrapassado por apresentar alto índice de resultados falsos positivos e falsos negativos, perdendo assim confiabilidade e decretando à morte inúmeros cães que poderiam estar saudáveis em companhia de seus donos.

3° Após mais de quarenta anos de assassinato de cães a doença continua tendo seus índices de contaminação aumentados, o que mostra a ineficácia desta medida.

4° Após mais de quarenta anos de estudos sobre a doença muito se descobriu e se aprendeu sobre ela, e embora seja o Brasil o país pioneiro na fabricação de vacina canina contra a Leishmaniose é ainda um dos únicos a praticar o absurdo do extermínio de cães suspeitos, sem que ao menos seja feita uma contraprova com exames mais modernos e precisos, amplamente conhecidos pelos profissionais veterinários.

5º Mesmo o animal comprovadamente doente com Leishmaniose pode ser tratado e mantido sem feridas na pele, fator indispensável para a transmissão ao mosquito, e sob cuidados tais que não se tornem transmissores da doença, sempre lembrando que a ciência evoluiu e possibilitou conhecer muita coisa que em 1963 não se sabia.

6° Nos dias atuais não podemos mais aceitar que qualquer animal seja eliminado de modo tão incorreto e absurdo quanto o é na pratica desta lei.

Portanto exigimos sua imediata revogação.

Se quiser assinar tambem: http://www.ipetitions.com/petition/calazar/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=Petition

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

LVC Informação 1

A LVC (Leishimaniose Visceral Canina) é uma doença tratável, apresentando cura clínica (desaparecimento de sinais clínicos), mas dificilmente apresenta cura parasitológica (o parasita não desaparece completamente do organismo do animal/ser humano). Este fato não é preocupante nem incomum, haja vista que em doenças causadas por protozoários, como são as Leishmanioses, a Doença de Chagas e a Toxoplasmose (todas doenças que atingem tanto os homens como os cães) NÃO EXISTE A ELIMINAÇÃO COMPLETA DO PARASITA, seja no cão, seja no ser humano. O homem e o cão podem viver normalmente, mas devem fazer acompanhamento periódico para que a doença não voltea se manisfestar.



Retirado da apostila: Informações Gerais Sobre Leishimaniose Visceral Canina do Prof.M.Sc. André Luis Soares da Fonseca - CRMV/MS 1404 - OAB/MS 9131 - e-mail: andre.fonseca@ufms.br

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Como descobrimos a doença

Desde o seis meses, a Mila tem uma infecção por fungos na pele.
Ela não para de se coçar, chega a ser até a ser agoniante.
E desde os seis meses que buscamos tratamentos para essa infecção.
Passamos por todos os tipos de tratamentos: Xampus a base de cetoconazol, capsulas de cetoconazol, itraconazol, griseofulvina e nada resolveu.
Na verdade ela tinha uma melhora significativa, a doença regredia, os pelos cresciam novamente, e quando ela estava parando de se coçar e ficando bonita, a infecção voltava.
Após uns dois ou três ciclos de melhora e piora, e vários exames, inclusive um de leishmaniose que deu negativo, um dos veterinários aos quais levamos ela, conseguiu descobrir um padrão:
Ela levava cerca de seis meses para melhorar, e começar a piorar.
Esse tempo era bem próximo do tempo do ciclo de cios dela. Quando ela estava melhorando, vinha a proximidade do cio, o que diminui a imunidade dela, e com isso o fungo voltava a tomar conta dela.
Levando isso em conta, decidimos castrá-la. Com isso resolveríamos o problema do fungo e também ficaríamos tranqüilos.
Mas antes de castrá-la foi necessário fazer alguns exames, para garantir que correria tudo bem na operação.
Nesses exames deu que o nível de plaquetas sanguíneas dela estava bem abaixo do normal.
Fizemos um tratamento a base de vitaminas especificas para esse fim e fizemos um novo exame. Nesse exame deu, além das plaquetas ainda baixas, inicio da doença do carrapato, e algo não identificado no sangue dela.
Claro que a primeira suspeita foi a de leishmaniose, então fizemos o exame PCR que segundo o veterinário é o mais seguro.
E quando chegou o exame, tivemos a má noticia. A Mila tinha leishmaniose. Ai começou a nossa batalha.


Essa foto é de uma viagem que estavamos fazendo com ela no banco de trás. A foto não está muito boa, mas pode-se notar no peito e patas as falhas no pêlo causadas pelo fungo. Grande parte das costas, bem como as patas de trás e o rabo estavam até piores do que isso

Apresentação

Esse é o blog da Mila. Estamos criando ele para que todos possam acompanhar a nossa luta pelo tratamento dela.
Nós, os donos da Mila, somos um casal, Alan e Viviani, somos casados e vivemos em Tupã, no interior de São Paulo.
A mila é uma cachorra vira-lata, preta, de porte medio à grande, com cerca de um ano e meio.
Ela foi adotada em um pet-shop da cidade, o Amigão Pet-Shop. Esse pet-shop é conhecido na cidade por acolher filhotes abandonados, trata-los e disponibiliza-los para adoção.
Então, no dia 28/06/2010, uma segunda-feira, resolvemos passar por lá para adotar um filhotinho. Entre os que estavam lá, escolhemos ela:
Mila, assim que chegou em casa.

Infelizmente, à dois dias, na terça, dia 23/01/2012, ela foi diagnosticada com leishmaniose. Para nos ajudar a enfrentar essa situação, e para que todos saibam que leishmaniose tem cura, e como faremos para trata-la criamos esse blog.